Fiquei mesmo há pouco a conhecer este projecto através do Facebook e achei o máximo. Não só por ser fã do filme "O fabuloso destino de Amélie Poulain", mas também por constatar que há cada vez mais iniciativas que tentam mudar de uma forma positiva a vida dos portugueses e contrariar esta "aura negativa" que envolve o país.
Se alguma vez ao caminhar pela cidade de Lisboa te deparaste com mensagens
criativas como “Lembra-te dos teus amigos”, “Não te esqueças de quem és” ou
“Leva o que precisas”, não estranhes, são pensamentos de Martim Dornellas,
fundador do Projecto Amélie.
Em entrevista ao P3, Dornellas diz-nos que este projecto, já antigo, “nasce
de uma vontade de mudar só um pouco o dia-a-dia das pessoas”. "Sempre mexeram
muito comigo projectos como os Abraços Grátis ou as cenas dos Improv Everywhere e sempre andei a magicar uma forma de
interferir, mesmo que ligeiramente, na rotina das pessoas.”
Inspirado no “ChillOut Song do Ze Frank” decidiu que era “exactamente isso
que queria fazer”. Pelos vistos conseguiu interferir na rotinas das pessoas, não
só de Lisboa, mas daqueles que acompanham o seu projecto através do Facebook. “Com as inúmeras mensagens que me chegam, consigo
ter noção que o projecto tem tido um impacto positivo”, afirma.
Autolocante rima com crise
As mensagens são muitas e os locais onde estão coladas são na sua maioria
insólitos: cabines telefónicas, sinais de trânsito, semáforos, portas, caixas
multibanco ou mesmo em troncos de árvores. “Ando sempre com autocolantes no
carro e nos bolsos e volta e meia colo um ou outro”, confessa.
À hora de almoço ou o final do dia “vou colando”. “Nunca fiz uma acção
gigante, nunca colei milhares de autocolantes de um dia para o outro.” Não
esconde que sente alguma vergonha e quando vai aos locais é muito rápido para
que as pessoas não se apercebam. Cola e no dia seguinte aparece para tirar umas
fotos. “Gosto do gesto e da reacção das pessoas que o vêem, não gosto muito é da
exposição, por isso sou tão desajeitado”. O risco é calculado. “Se não colar, o
projecto fica só na teoria. E é importante materializar as ideias”.
Os portugueses sentem necessidade destas frases ou pensamentos?
“Infelizmente", responde Martim Dornellas. "Foi uma coincidência a minha vontade
de fazer este tipo de projectos com o estado que o país atravessa".
Entre as acções com maior impacto destaca os semáforos onde coloca corações.
"São os mais complicados de colocar e por isso aqueles que faço menos”. O
contágio não é apenas em Lisboa, “tem-se espalhado pelo país e há imensa gente a
colocar autocolantes no Porto, Coimbra, etc”.
Martim diz que as ideias “vão surgindo". "Não tenho um plano, mas a ideia é
fazer sempre novos”. Fica a dica para continuarem ou começarem a acompanhar o
projecto Amélie que certamente irá continuar a surpreender os seguidores e
rasgar sorrisos nos transeuntes das nossas cidades. “Não há que ter medo nem
vergonha. No fundo, basta combater alguma inércia e ver um bocadinho menos de
televisão”.
in Público
Imagem retirado do Facebook Projecto Amelie
Que maravilha de Projecto! Contagiante, mesmo. Adorei conhecer e deu-me vontade de participar também. Valeu a partilha. Obrigada, Ana.
ResponderEliminarAdorei!
ResponderEliminarAinda não vi nenhum em Coimbra, mas a ver se descubro quem dinamiza isso por cá a ver se contribuo com alguns na zona onde moro! :-)
Muito obrigada pela partilha Ana! :-)
Eu também achei a ideia contagiante,fiquei com vontade de contribuir!
ResponderEliminarBeijinhos